EMRC e Cidadania
- O contributo de EMRC para a componente do currículo de Cidadania e Desenvolvimento preserva a identidade, natureza e finalidades de EMRC -
A componente do currículo de Cidadania e Desenvolvimento na educação configura a intenção de assegurar «um conjunto de direitos e deveres que devem ser veiculados na formação das crianças e jovens portugueses de modo que no futuro sejam adultos e adultas com uma conduta cívica que privilegie a igualdade nas relações interpessoais, a integração da diferença, o respeito pelos Direitos Humanos e a valorização de valores e conceitos de cidadania nacional» (cf. Preâmbulo do Despacho n.º 6173/2016, de 10 de maio). A componente de Cidadania e Desenvolvimento visa contribuir para o desenvolvimento de atitudes e comportamentos, de diálogo e de respeito pelos outros, alicerçando modos de estar em sociedade que tenham como referência os direitos humanos, nomeadamente os valores da igualdade, da democracia e da justiça social. No entanto esta orientação ética fundamenta os princípios e os valores de forma exclusivamente antropológica, sem qualquer referência à transcendência. A EMRC, por sua vez, enquadra o mundo ético numa visão religiosa da vida.
«A educação é o percurso da personalização e não apenas da socialização e da formação para a cidadania. A educação autêntica é a educação integral da pessoa.»
E ainda, a «dimensão religiosa é constitutiva da pessoa humana (pelo que) não haverá educação integral se a mesma não for tomada em consideração; nem se compreenderá verdadeiramente a realidade social, sem o conhecimento do fenómeno religioso e das suas expressões e influências culturais.»
Compreendo, todavia, que muitos dos valores perfilhados e atitudes propostas, são coincidentes numa ética humanista, fundada de forma não religiosa, e numa ética com fundamentação transcendente.
Em jeito de conclusão diria que a cidadania informa, transmite, desenvolve, mas a EMRC promove a mudança e dá o sentido último ao agir humano à luz da mensagem cristã.
Albert Einstein, o génio, terá dito um dia que o mal não existe. O mal, à semelhança do frio e da escuridão, de acordo com as leis da física, é uma palavra humana para descrever a ausência de Deus no coração da humanidade. Eis aqui uma leitura religiosa da vida com referência à transcendência. Um episódio recomendável para os alunos do 7º ano, no âmbito da Unidade Letiva sobre as Origens.